Bem, pessoal enfim chegamos a Outubro. Aqui na minha cidade eu posso dizer que será um mês bastante agitado e com certeza Novembro também o será. Tiramos uma folginha vocês devem ter percebido, estamos todos um pouco sobre carregado, para quem se preocupou peço lhe desculpas. Isso deveria ser uma resenha só que não sou muito bom em se expressar, tudo bem não é?
“Venha para o meu mundo então, já que o seu foi destruído por falta de zelo. Cuidarei para que não me faças mal.”
- Quando os Sinos Dobram
Eu estava buscando mangás shonen na internet, foi quando me deparei com uma imagem deste mangá. Sim, ele é shonen-ai ainda não tinha tido a oportunidade de ler algo do tipo, mas a imagem me cativou - colocarei a imagem logo abaixo -. Gosto de ratos, na verdade de todo tipo de animal, mas ratos são bastante vivos e especiais e quando vi os livros imaginei que esse seria um lugar perfeito para mim. A imagem foi como uma porta de entrada me convidando para partilhar um pouco daquele mundo em que me encaixaria. Resolvi adentrar então já que era conveniente.
Recentemente tinha me deparado com um doujinshi yaoi do Kuroshitsuji e não gostei. Porém eu nunca fui de aceitar as coisas com apenas uma demonstração, ainda mais quando ela é falha. Gosto bastante de entender por que certa pessoa gosta de algo e ainda não conseguia entender como havia pessoas que gostavam desse estilo. Por isso, li o doujinshi e como não gostei não me dei por vencido. Continuei. Até me deparar sem querer com este, que embora não seja yaoi e sim shonen-ai.
No.6 foi realmente uma porta para descobrir um pouco mais. Gostei muito de lê-lo e aquele sentimento de ainda bem que você é teimoso surgiu em mim. Vale realmente apena ler. Não sei se os outros mangás desse estilo são assim, mas este eu gostei e acho que deva ter outros tão bons quanto este. Ah, a arte também é linda e todo o mangá te usurpa para lá onde aparenta ser perfeito para os cidadões já alienados pelo sistema do então lugar onde nos encontramos, chamado de No.6.
Primeiramente No.6 era uma coletânea de 9 light novels de Atsuko Asano e depois – como o recente animê Another – foi transformado em mangá pelas mãos de Hinoki Kino e um pouco depois em animê. Realmente acho uma boa ideia nipônica eles trabalharem com mangás baseados em light novels já que as histórias são bem desenvolvidas e em maioria muito boas.
Quando li o primeiro capítulo, na hora percebi que realmente era bom, mas queria ter certeza disto e li até o sétimo, mas como shonen-ai não é a mesma coisa que yaoi resolvi tirar a prova com mais um one-shot yaoi, e percebi que realmente não gosto, mas entendi o porquê de certas pessoas gostarem deste estilo. Assim como há pessoas que gostam de shoujo há aqueles que gostam de josei, que já é mais pesado, talvez não seja um bom exemplo, mas acho que entenderam o que quis explicar.
Às vezes uma coisa puxa a outra também, como um efeito dominó, e quando percebemos estamos lidando com algo que há um tempo acharíamos impossível de se acontecer conosco, talvez isso poderia ter acontecido com aqueles que gostam de yaoi e/ou talvez apenas gostem de algo mais pesado.
O ponto é que, por que estou explicando tudo isto, não é mesmo? Mas tem uma razão. Ela está no fato em que No.6 retrata que suas escolhas são suas e você é que tem que viver por si mesmo, mas não deixando de ser humano e por isso se importar com os outros. Também achei algo bastante interessante no fato de que a sua escolha sexual ser algo seu e como tal não é da conta do outro. Coisa que ainda hoje é desrespeitada e muitos se importam com coisas que não é da sua conta e por isso há preconceito.
É interessante também ressaltar que No.6 se passa em 2013, algo não longe da nossa realidade. O mundo de No.6 já nas primeiras páginas é nos apresentado como algo aparente. No.6 é uma cidade no qual é dividido em Kronos, parte da cidade que é altamente tecnológica, pois é lá onde se encontra toda a tecnologia daquela era e também é onde surge. Para ser de Kronos você teria que representar algo que contribuísse para aquele lugar e assim seguir corretamente o sistema e prometer que não se voltará contra a No.6. Um lugar perfeito. Porém como em todo lugar perfeito o que é sobra se encontra em alguma parte e este lixo se encontra na Região Oeste, que antes foi uma cidade normal, até ser construída a cidade No.6 e todo o lixo ser jogado lá. Há também uma região da cidade No.6 chamada de Cidade Perdida onde as pessoas vivem sem os atributos dados na região de Kronos e onde Sion, que é nosso personagem principal junto com Nezumi, se encontrou até ser perseguido pelo sistema da No.6 por algo que não fez.
Sion era de Kronos, mas teve que mudar para a Cidade Perdida, ele era o que se podia chamar de gênio e tinha tudo pela frente em Kronos até ajudar Nezumi e assim sua vida mudar de rumo. Ao se reencontrarem Nezumi ajuda Sion a fugir do sistema contra revolucionários criado pela No.6 e Sion passa a viver na Região Oeste junto a Nezumi. Sion é um rapaz altruísta, puro, inteligente e que nunca achou que vivia em um paraíso, enquanto Nezumi é sagaz, desconfiado, que sempre possui uma carta na manga e cria ratos mecânicos, além de possuir uma casa com livros jogados em todos os cantos.
A história segue como foco o ódio de Nezumi pela cidade No.6 e como ainda não se desenvolveu a linha da história totalmente a onde eu parei não posso dizer com clareza o que está por vim e acho melhor mesmo não, seria spoiler e nem todo mundo gosta disso, embora eu não ligue.
Este é um mangá em que cada detalhe é revelado aos poucos e por isso a história corre normalmente, enquanto Sion se adapta as novas condições de vida e o mistério que é Nezumi aos poucos vá se revelando.
Gostei também do contato com os diversos animais e não sei se ajudei, mas espero que provem um pouco deste mundo também e comentem sobre o que acharam. E estou programando outras resenhas pela frente - gostei de escrever essa aqui - e até mais ver.¬¬
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